Queijo Minas Artesanal: Rumo ao reconhecimento da UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial
Na próxima quinta-feira (4), Assunção, no Paraguai, será palco de um momento histórico para a cultura mineira. Durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO, será avaliada a candidatura do Queijo Minas Artesanal ao título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
O reconhecimento, caso aprovado, será concedido aos "Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal", destacando a tradição, o conhecimento e a identidade cultural que envolvem sua produção. Essa técnica secular, transmitida de geração em geração, é mais do que um processo culinário: é uma expressão da história, da relação com o território e do modo de vida das comunidades mineiras.
Produzido de maneira artesanal em diversas regiões de Minas Gerais, o Queijo Minas carrega em sua essência o respeito à tradição. Desde a seleção cuidadosa do leite até o uso de técnicas específicas, como a maturação em condições naturais, cada etapa reflete um compromisso com a qualidade e a autenticidade.
Os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal foram oficialmente reconhecidos como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2008. Agora, busca-se levar esse legado além das fronteiras nacionais, conquistando reconhecimento internacional.
A chancela da UNESCO não apenas fortalece o status cultural do Queijo Minas Artesanal, mas também abre portas para a valorização econômica e social dos pequenos produtores que preservam essa tradição. Além disso, o título contribuirá para a promoção do turismo e para a conservação das práticas sustentáveis ligadas à produção.
Se a candidatura for aprovada, o Queijo Minas Artesanal se juntará a outros elementos da cultura brasileira já reconhecidos pela UNESCO, como o samba de roda, o frevo e o modo de fazer a roda de capoeira. Este será mais um passo importante na valorização das riquezas culturais do Brasil, demonstrando como os saberes populares podem transcender gerações e ganhar reconhecimento mundial.
