Brasil alcança recorde na produção de ar-condicionado em 2024
Em 2024, o Brasil bateu um recorde histórico de vendas de ar-condicionado, com a comercialização de 5,88 milhões de unidades, representando um crescimento de 38% em relação a 2023. Esse aumento significativo foi impulsionado por uma combinação de ondas de calor extremas. O Brasil, segundo maior polo produtor de ar-condicionado do mundo, atrás apenas da China, concentrou sua produção na Zona Franca de Manaus para atender à crescente demanda.
Além disso, a queda nos preços dos aparelhos, que diminuíram 6,5% em 2024 após uma alta de 25,7% no ano anterior, também contribuiu para o aumento das vendas. A indústria brasileira de ar-condicionado emprega tecnologia de ponta, oferecendo ao consumidor aparelhos cada vez mais inovadores e eficientes no consumo de energia. Com cerca de 80% dos lares brasileiros ainda sem ar-condicionado, o mercado apresenta um enorme potencial de crescimento.
Para 2025, a Eletros, Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, estima um crescimento adicional de 8% a 10% nas vendas, dependendo do ambiente econômico. Apesar das preocupações com a inflação e os juros altos, os fatores climáticos podem continuar a desempenhar um papel importante no desempenho do setor.
Consumo de energia
No entanto, essa demanda crescente por aparelhos de ar-condicionado trouxe consigo um impacto significativo no consumo de energia. Em 2024, o Brasil também registrou um recorde no consumo energético, que aumentou 5% em relação a 2023. O uso intensivo de ar-condicionado durante os picos de calor contribuiu de maneira considerável para esse aumento.