Piumhi: Em entrevista coletiva, presidente e secretária do CINSC detalham operação do MPMG sobre suspeita de desvio de milhões

O Consórcio Público Intermunicipal da Microrregião de Piumhi (CINSC) está sob os holofotes após a deflagração de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta terça-feira (21), que investiga possíveis desvios de recursos públicos. Em coletiva de imprensa realizada em Piumhi, o presidente do consórcio, José Garcia de Faria e a nova secretária executiva do CINSC, Zilaine Lopes, detalharam as ações da entidade e comentaram a operação que apura o esquema de desvio de verbas.
O presidente José Garcia de Faria, no cargo desde janeiro de 2025, informou que o consórcio teve conhecimento das irregularidades em junho deste ano. A partir de então, a reação foi imediata: "Nós demitimos a secretária executiva naquele momento, exoneramos junto com os outros prefeitos, que só cabia a demissão junto com uma assembleia onde 70% dos votos tem que ser favorável à demissão. E foi feito assim", declarou Faria.
Após as exonerações, o consórcio iniciou um levantamento interno. "Percebemos algumas movimentações que eram diferentes do padrão normal das movimentações do consórcio. Levamos ao conhecimento da justiça," afirmou o presidente, indicando que a própria entidade foi a responsável por levar a denúncia às autoridades competentes.
Questionado sobre as medidas adotadas para proteger o consórcio, Faria enfatizou a transparência e a colaboração: "O consórcio tem trabalhado com muita transparência, está aí, tanto que o Ministério Público, está investigando as possíveis irregularidades. Nós levamos ao conhecimento." Atualmente, uma sindicância interna está em curso para apurar os fatos e identificar outros possíveis desvios, que também serão repassados ao MPMG.
A nova secretária executiva, Zilaine Lopes, assumiu o posto em 5 de agosto de 2025, após a troca de gestão que viu a exoneração de "todos os funcionários que estavam na antiga gestão, que vem de alguns anos".
Impacto nos serviços e atendimentos mantidos
A principal preocupação da população, que depende dos serviços de saúde do consórcio em 11 cidades, foi abordada. Apesar do momento turbulento, o presidente garantiu que os atendimentos continuam.
"É lógico que tudo isso causa algum transtorno e alguns atrasos. A gente tem trabalhado para colocar o consórcio em dia, fazer os pagamentos dos profissionais e dos prestadores e tem sido feito à medida do possível," explicou Faria.
Os desvios, segundo o presidente, impactaram "tanto na contratação de profissionais como também nas consultas", mas ele assegurou que "já resolvemos boa parte dessa situação e os atendimentos continuam acontecendo."
A respeito da situação dos pagamentos aos profissionais do CINSC, Faria admitiu a necessidade de regularização, mas afirmou o esforço: "Nós estamos colocando os pagamentos em dia, já conseguimos regularizar bastante essa situação e o atendimento está sendo mantido."
Esclarecimento e colaboração com a Justiça
José Garcia de Faria fez questão de esclarecer a função do CINSC, que é um prestador de serviço para os municípios, utilizado pelos prefeitos para gerir a saúde. Ele ressaltou o compromisso da nova equipe com a transparência, afirmando que "tudo que a gente tem achado que é uma movimentação que for incomum, a gente tem passado para as autoridades."
Ainda não há um cálculo oficial do prejuízo causado pelos desvios. "Não temos esses dados levantados ainda, todas as informações estão com o Ministério Público," informou a secretária.
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Questionado sobre sua decisão de levar a denúncia às autoridades e se teria sofrido algum tipo de ameaça, Faria limitou-se a dizer que o caso está sob segredo de justiça.
"Isso também tem segredo de justiça, né, a gente tem se resguardado muito a isso, é uma preocupação, claro." disse.
Contudo, ele manifestou confiança nas investigações: "Eu acredito muito no trabalho do Ministério Público e das autoridades competentes, que em breve vão solucionar toda essa situação e devolver aos cofres públicos, se existiu realmente algum desvio."
"Isso também tem segredo de justiça, né, a gente tem se resguardado muito a isso, é uma preocupação, claro." disse.
Contudo, ele manifestou confiança nas investigações: "Eu acredito muito no trabalho do Ministério Público e das autoridades competentes, que em breve vão solucionar toda essa situação e devolver aos cofres públicos, se existiu realmente algum desvio."
