Sul de MG: Operação “Bomba Fantasma” expõe esquema milionário de fraudes no setor de combustíveis

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 3 de dezembro, a operação “Bomba Fantasma”, que revelou um sofisticado esquema de sonegação fiscal e venda de combustível adulterado no Sul do Estado. A ação mobilizou promotores de Justiça, auditores fiscais, policiais civis e militares, além de fiscais do Procon, em uma força-tarefa que cumpriu dez mandados de busca e apreensão em seis cidades.

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Segundo as investigações, uma rede de postos de combustíveis adquiria produtos sem nota fiscal, ocultando a origem e evitando o pagamento de impostos. Essa prática não apenas lesava os cofres públicos em cerca de R$ 45 milhões, como também comprometia a qualidade do combustível oferecido aos consumidores. Em diversos estabelecimentos já foram registradas autuações por venda de combustível adulterado com metanol.

Além da fraude tributária, os investigadores identificaram indícios de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. Há também suspeitas de um esquema de transferência irregular de créditos de ICMS para transportadoras, com notas fiscais que não correspondiam às vendas efetivamente realizadas. Para se proteger das investigações, o proprietário da rede teria transferido postos para um “laranja”.

A operação contou com o apoio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), criado em 2007 e responsável por recuperar mais de R$ 20 bilhões para o Estado desde sua fundação. O CIRA reúne órgãos como a Secretaria da Fazenda, o Tribunal de Justiça e a Advocacia-Geral do Estado, atuando de forma coordenada contra fraudes fiscais.

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O caso reforça a preocupação das autoridades com a crescente incidência de crimes no setor de combustíveis, considerado estratégico para a economia e sensível para os consumidores. A expectativa é que as investigações avancem para responsabilizar os envolvidos e recuperar os valores desviados.

Informações do MPMG / 📸 MPMG